Um dos grandes livros da literatura universal, escrito pelo Genial Vitor Hugo, mestre em romances que mesclam realidade, informação e opinião. Uma tradução mal feita e as produções Disney e de Hollywood mudaram a percepção do mundo sobre essa magnífica obra. Ainda hoje há quem acredite que o personagem principal é o Quasímodo, o corcunda eternizado por Disney. De fato o termo corcunda sequer aparece no título original. O personagem principal da história é um conceito “as relações de poder de uma grande cidade do fim dos anos 1400, virando 1500.” A trama se dá em torno da Catedral de Notre-Dame, em Paris Citi, com destaque ao poder representado pela igreja e ao judiciário, sim a catedral e o palácio de justiça eram as imponentes construções da época e mesmo de longe influenciavam e muitas vezes limitavam as decisões do Rei. A Paris de Luiz XI era a capital do mundo e os personagens retratam essa diversidade, há a parte dos poderosos e a parte da população perseguida, cigana, pobres manipulamos pelo rei, pela justiça e pela igreja. Aqui está o cerne do livro, como os 3 poderes determinam a vida do homem comum. Esmeralda, uma das personagens das plebe, cigana e pobre é perseguida pela igreja, legislativo da época, e pela justiça. O Rei fraco não tem forças para enfrentá-los e ela será condenada apenas pelo capricho de alguém que tem o poder de condená-la. Nesse ponto surge o segundo e esquecido personagem da obra. A recém difundida imprensa de Guttemberg. A população, se vendo impossibilitada de defender seus direitos e vendo os desmandos dos poderosos resolve difundir as informações e nesse contento a máquina de Guttemberg será fundamental. Nasce um novo poder, o quarto poder. A grande lição do livro é que livros podem libertar, que informação muda opinião de Reis. De fato a primeira menção a esse fato é feita pelo escritor francês pelo clérigo que teme que a população se volte contra a construção da vultuosa catedral “O livro matará a construção”. Infelizmente, o principal aspecto do livro não é de interesse dos poderosos, de modo que não há, em português, uma versão completa e recente do livro com todos os seus melindres. Transformaram o nascimento do quarto poder e da sensação de como a leitura muda a política e altera os direitos sociais em um conto infantil. A alma do romance pode ser entendida na frase “quem controla o que você sabe, controla o que você pensa, quem controla a informação, controla o que você sabe”